O Vale do Loire é um tesouro histórico no coração da França, repleto de castelos majestosos, vilarejos encantadores e paisagens de tirar o fôlego. A região, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial, é o cenário perfeito para quem deseja mergulhar na rica história do Renascimento, e nada melhor do que explorá-la de bicicleta.
Além da famosa rota “Loire à Vélo”, que serpenteia ao longo do rio Loire, a verdadeira magia está em conhecer de perto alguns dos castelos do Vale do Loire mais fascinantes da França, cada um com suas histórias e segredos que atravessam séculos.
A seguir, apresentamos quatro dos castelos do Vale do Loire mais emblemáticos da região, cada um repleto de curiosidades que o tornam único.
Castelo de Cheverny: a elegância familiar que atravessa gerações
O Castelo de Cheverny é um exemplo raro de continuidade familiar entre os castelos do Vale do Loire. Há mais de seis séculos, ele pertence à mesma família, o que o torna um dos poucos castelos do Vale do Loire que nunca foi vendido ou abandonado.
Desde sua construção no século XVII, o Cheverny impressiona pela sua arquitetura clássica e seus belíssimos jardins, ambos mantidos com esmero pelos descendentes da família Hurault. Um fato curioso é que o castelo inspirou Hergé, criador de “Tintim”, para o desenho do famoso Castelo de Moulinsart (ou Marlinspike Hall), residência do Capitão Haddock.
O interior de Cheverny é igualmente fascinante, com uma coleção de móveis e obras de arte do período renascentista. O salão principal é decorado com tapeçarias exuberantes e retratos da nobreza francesa, enquanto os jardins refletem o cuidado minucioso de gerações. Além disso, o castelo é famoso por sua matilha de cães de caça, mantida até hoje, o que mantém viva a tradição da caça à cavalo.
Castelo de Chenonceau: o castelo das sete damas e heroi de guerra
Com suas torres refletidas no rio Cher, o Castelo de Chenonceau é um dos mais românticos castelos do Vale do Loire. Conhecido como o “Castelo das Sete Damas”, o Castelo de Chenonceau deve sua grandiosidade e preservação a sete mulheres notáveis, entre elas Catarina de Médici e Diane de Poitiers. Essas figuras femininas moldaram o castelo ao longo dos séculos, tanto em sua arquitetura quanto em seus belíssimos jardins.
Uma das histórias mais conhecidas relacionadas ao castelo envolve o rei Henrique II da França, sua esposa, Catarina de Médici, e sua amante, Diane de Poitiers. Henrique II, que governou de 1547 até sua morte em 1559, era casado com Catarina de Médici, mas manteve um relacionamento extraconjugal longo e conhecido com Diane, que era 20 anos mais velha que ele. Diane de Poitiers foi uma figura extremamente influente na vida do rei. Apesar de ser casado com Catarina, Henrique concedeu a Diane uma série de privilégios e posses, incluindo o próprio Castelo de Chenonceau. Diane o transformou em uma das joias do Vale do Loire e fez muitas melhorias no castelo.
Após a morte de Henrique II em um torneio em 1559, Catarina de Médici, que sempre ressentiu a influência de Diane sobre o rei, tomou o controle do castelo. Ela expulsou Diane de Chenonceau e reivindicou o castelo para si, fazendo dele sua residência favorita. Sob o comando de Catarina, o castelo foi ampliado e transformado em uma das mais notáveis residências reais da época. Essa história de rivalidade e poder entre as duas mulheres moldou o destino do Castelo de Chenonceau, reforçando sua fama como o “castelo das sete damas”.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Chenonceau foi transformado em hospital militar, salvando inúmeras vidas. Em suas grandes galerias, que atravessam o rio, eram montados leitos para os feridos, que se recuperavam com vista para os jardins floridos. Além disso, durante a Segunda Guerra, Chenonceau foi um importante ponto de travessia para a resistência francesa, já que a galeria sobre o rio separava a França ocupada da zona livre.
Ao passear por Chenonceau, os visitantes podem admirar as tapeçarias flamengas, retratos reais e as salas ricamente decoradas. Os jardins projetados por Diane de Poitiers e Catarina de Médici são outra atração à parte, cada um com seu estilo distinto, refletindo o gosto e o poder dessas mulheres influentes.
Clos Lucé: o refúgio final de Leonardo da Vinci
A pequena e encantadora propriedade de Clos Lucé, em Amboise, ganhou notoriedade por ser a última residência de Leonardo da Vinci. O gênio renascentista foi convidado pelo rei Francisco I da França a se estabelecer em Clos Lucé em 1516, trazendo consigo três de suas pinturas mais famosas, incluindo a Mona Lisa.
Clos Lucé é uma verdadeira janela para o mundo de Da Vinci. Além de sua charmosa arquitetura renascentista, o castelo abriga exposições interativas sobre as invenções do mestre. Nos jardins, os visitantes podem ver protótipos em grande escala de máquinas projetadas por Da Vinci, que vão desde pontes móveis até helicópteros primitivos. É uma oportunidade única de caminhar pelos mesmos corredores que o grande artista e inventor e de descobrir de perto sua mente criativa através de suas obras de arte e invenções.
Castelo de Chambord: a grandiosidade da arquitetura renascentista
Nenhum outro castelo do Vale do Loire é tão impressionante quanto o Castelo de Chambord. Com sua imponente fachada e mais de 440 quartos, o castelo é o maior da região e uma das maiores obras arquitetônicas do Renascimento. Construído a mando do rei Francisco I como um símbolo de poder, o Castelo de Chambord reflete a ambição e o gosto por grandiosidade da realeza francesa.
O castelo possui uma escadaria dupla em espiral, um dos elementos mais famosos de sua construção, que se acredita ter sido desenhada por Leonardo da Vinci. Ao subir a escadaria, é possível apreciar a vista panorâmica dos jardins e do vasto parque que circunda o castelo, com mais de 5.000 hectares de floresta.
Chambord também guarda curiosidades, como sua função inicial de ser um “palácio de caça”, usado pelo rei e sua corte durante suas expedições na floresta. Embora tenha sido projetado para ser uma residência real, o castelo raramente foi utilizado, permanecendo até hoje como um símbolo de opulência e beleza arquitetônica.
Ficha técnica da jornada: Vale do Loire
Explore a mágica região do Vale do Loire, pedalando por castelos renascentistas como Castelo de Chambord, Castelo de Chenonceau, Clos Lucé (última residência de Leonardo da Vinci), Castelo de Cheverny, e paisagens deslumbrantes. A rota “Loire à Vélo” oferece uma imersão na história e cultura da França, com paradas em vilarejos pitorescos e vistas espetaculares do rio Loire.
Duração: 6 dias e 5 noites
Melhores épocas para visitar: Maio, junho e setembro
Nível de dificuldade: Fácil (2/5) – Ideal para iniciantes ou quem busca uma pedalada tranquila
Opções de bicicleta: Bicicleta normal ou E-bike
Destaques:
- Castelo de Chambord
- Castelo de Chenonceau
- Clos Lucé (última residência de Leonardo da Vinci)
- Castelo de Cheverny
- Degustação de vinhos Vouvray
- Loire à Vélo
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